quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Jogo de sombras

Com a falta de luz ontem à noite a cidade ficou toda escura, com exceção das janelas pontualmente iluminadas por velas incandescentes e das vias nas quais eram jogadas a luz dos carros, que se deslocavam projetando gigantescas sombras usando os prédios como anteparo. Confesso que fiquei impressionado com o tamanho dessas sombras que no dia-a-dia passam despercebidas, escondidas pela iluminação onipresente.

Normalmente não paramos para pensar nas coisas das quais nossa vida como a conhecemos depende: do alimento que chega às gôndolas, da água encanada, da eletricidade. Tudo isso acaba parecendo natural: embora eu devesse, não faz parte de minha rotina torcer para que a estação das chuvas seja favorável às colheitas. Mas a cada vez em que, seja pela falta de luz, por um recesso forçado devido a uma epidemia ou por eventos similares, somos forçados a rever e a mudar nossos planos, pelo menos para mim cai (ou ameaça cair) a ficha de que essa vidinha tranquila depende de bem mais do que conseguir fazer meu trabalho e tarefas de forma eficiente e completa: existe mesmo uma série de aspectos totalmente fora de nosso controle. De certa forma, são as sombras que a luz do cotidiano escondeu.

2 comentários:

  1. Meus amigos da História aproveitaram o blecaute para ________ e acabaram tomando tiro da polícia... Sorte que num acertou ninguém!

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  2. Liu,

    Li a mensagem que você deixou no meu livro de visitas.
    Será realmente excelente se reunirmos o pessoal - saudoso grupo do intervalo entre 9h30 e 10h.
    Eu retorno ao Brasil no meio de dezembro, assim como o Allison.

    Victor Fujii

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